sábado, 4 de março de 2023

Juntos pelo Araguaia

 Juntos pelo Araguaia recuperou só 7% de 5 mil hectares
Trabalho de restauração de áreas degradadas na bacia do Rio Araguaia em Goiás começou em dezembro de 2020 e atingiu 330 hectares até o momento. Serviço depende do patrocínio de empresas privada
O Popular/CIDADES/ Deivid Souza -  02/03/2023 - 20:05
Araguaia
Projeto busca recompor áreas degradadas visando a recuperação de espaços prioritários na bacia do Rio Araguaia (Foto: Douglas Schinatto)
Lançado como uma das mais ambiciosas iniciativas ambientais em Goiás, o programa Juntos pelo Araguaia teve os trabalhos iniciados em apenas 6,6% da área pretendida no estado. Em agosto de 2021 eram 2%. O porcentual atual equivale a 330 de 5.000 hectares. O projeto busca recompor áreas degradadas visando a recuperação de espaços prioritários na bacia do Rio Araguaia. Lançado em 2019, sua execução teve início em dezembro de 2020, com previsão de duração de 60 meses. Desta forma, o término seria em 2025.

O município com o maior dos lotes do programa é Santa Rita do Araguaia, localidade do lote 2. Lá os trabalhos tiveram execução de 74% nos 230 hectares. O custo previsto é de R$ 11 milhões. A Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Semad) informou ao POPULAR que foram plantadas 78,6 mil mudas e houve a recuperação de 70 hectares por meio da adoção de práticas de conservação do solo, como terraceamento e bacias de contenção.

O lote 1 está situado em Piranhas, onde 64% do trabalho já foi realizado. A iniciativa deve custar R$ 7 milhões. A área total a ser beneficiada no município é de cem hectares. Já foram plantadas 30,3 mil mudas de árvores. Onde já houve recuperação, em ambas as cidades, o trabalho continua, mas na fase de monitoramento.

O Juntos pelo Araguaia prevê que o estado faça a mobilização para a iniciativa se materializar, mas recursos públicos do Governo de Goiás não são empregados. Atualmente, os recursos empregados nos lotes 1 e 2 são respectivamente da Anglo American e da farmacêutica Hypera Pharma.

A execução do trabalho é feita pelo Instituto Espinhaço. A instituição é uma das duas que estão aptas atualmente a realizar o trabalho porque foram credenciadas pela Semad. A outra é a STCP Engenharia de Projetos Ltda. Cabe a elas, conforme a Semad, a efetuação de “serviços de inovação em restauração florestal, conservação de solo e engajamento social integrado para a revitalização da bacia hidrográfica”.

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Atualmente, há um edital aberto pela secretaria para que mais organizações possam se credenciar para o trabalho. O certame foi aberto em janeiro deste ano e vigora por tempo indeterminado. A publicação está no Diário Oficial do Estado (DOE) no dia 26. O prazo previsto para resposta da documentação apresentada é de até 20 dias.

O credenciamento tem prazo de validade de três anos. Após este período, é necessário que as organizações apresentem a documentação de ingresso no serviço novamente. Como o Instituto Espinhaço e a STCP foram credenciadas em 2021, a revisão do processo deve ser realizada no ano que vem.

Próximos lotes

A Semad já prepara as condições para o início dos trabalhos nos lotes 3 e 4. Com isto, a área total a ser alcançada chegará a 681,39 hectares, considerando os 330 já pactuados. Isto representará 13,6% do total do programa.

Estes dois lotes serão realizados por meio de compensação ambiental em virtude de licenciamento das empresas Silvânia Transmissão de Energia S.A. e Anglo American. “Também, em execução, encontra-se a adesão da empresa Pilar de Goiás Desenvolvimento Mineral Ltda, por meio de conversão de multa no valor de R$ 10.097.957,90”, informa a secretaria.

Foi pedida uma entrevista para a secretaria com algum representante da pasta que pudesse falar sobre o grau de satisfação da Semad com o porcentual alcançado, as estratégias a serem desenvolvidas para ampliar o número de empresas doadoras e se a Semad acredita ser possível concluir o trabalho até o fim do mandato do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), em 2026. Apesar da solicitação realizada na tarde desta terça-feira (28), não houve resposta até o fechamento desta edição.

São responsáveis pelo Juntos pelo Araguaia os governos de Goiás e Mato Grosso. Cada um assumiu 5.000 hectares. Do total de 10 mil hectares. Em Goiás as cidades alcançadas são, além de Piranhas e Santa Rita do Araguaia: Amorinópolis, Aragarças, Arenópolis, Baliza, Bom Jardim, Caiapônia, Diorama, Doverlândia, Iporá, Ivolândia, Mineiros, Montes Claros, Palestina de Goiás e Portelândia.

O governo federal, durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), anunciou ser parceiro do programa. Foram prometidos, inclusive, recursos que viriam da conversão de multas ambientais aplicadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Ibama). Seriam R$ 100 milhões, mas o dinheiro não chegou.

Os estudos de diagnóstico e elaboração do projeto executivo tiveram a coordenação da Universidade Federal de VIçosa (UFV), mas o trabalho técnico também teve a participação das federais de Goiás (UFG) e do Mato Grosso (UFMT). O custo foi de cerca de R$ 2,8 milhões arcado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR). O orçamento inicial para a realização de todos os trabalhos é de R$ 623 milhões.
Foto: Internet/Brasil/Fotos 

terça-feira, 5 de maio de 2020

VESPAS ASSASSINAS

 Vespas gigantes asiáticas têm provocado alarme em diversas regiões dos Estados Unido

Cientistas nos EUA alertam para chegada de ‘vespas assassina

Sua picada é descrita como extremamente dolorosa, e o ferrão é tão longo que pode penetrar até mesmo o traje de proteção usado por apicultores. Mas, segundo Cena, elas só atacam humanos caso sejam provocadas ou se sintam ameaçadas.
Para a população de abelhas, porém, sua presença pode ser devastadora, com impacto não apenas na produção de mel, mas também nas diversas culturas que dependem da polinização, como maçã, cereja, framboesa, mirtilo e amêndoas.
Diante da ameaça, autoridades, pesquisadores e apicultores da região lançaram um esforço para tentar localizar e erradicar os ninhos dessa espécie invasora antes que ela possa se estabelecer no país e arrasar a população de abelhas, já em declínio por causa de fatores como doenças, uso de pesticidas e perda de habitat.

Mas os cientistas alertam os residentes para que não tentem matar as vespas por conta própria nem tentem remover os ninhos e que, caso encontrem os insetos, entrem em contato com as autoridades.
“Se encontrá-las, corra e nos chame! É realmente importante para nós saber de todas as vezes que forem observadas, se quisermos ter esperança de erradicação”, disse o entomologista Chris Looney, também do WSDA.

Os cientistas não sabem ao certo como as vespas gigantes asiáticas chegaram aos Estados Unidos. Segundo Cena, o inseto foi inicialmente detectado na província canadense de British Columbia, que faz fronteira com o Estado de Washington, em agosto do ano passado.
“É possível que tenham chegado em um navio de carga”, afirma Cena. A bióloga diz que também não está descartada a possibilidade de que tenham sido trazidas deliberadamente, para serem usadas como componente em algum tipo de mistura caseira para aumento de performance.
A presença da invasora no país começou a ser notada quando diferentes apicultores do Estado de Washington relataram terem encontrado milhares de suas abelhas decapitadas. Segundo Cena, o relato inicial, no ano passado, levou à descoberta de duas invasoras. Ainda não se sabe quantas há no Estado no momento.
As vespas gigantes asiáticas chegam a ser três vezes maiores que as abelhas. Elas invadem e ocupam as colmeias, matando as abelhas adultas e devorando as larvas e pupas.
“Com menos de 30 (vespas gigantes), podem dizimar uma colmeia inteira em questão de horas”, observa Cena.
Diferentemente de abelhas na Ásia, nos Estados Unidos as abelhas não têm mecanismo de defesa natural contra as vespas gigantes asiáticas.
Segundo os cientistas, o ciclo de vida da invasora começa em abril, quando as rainhas emergem da hibernação e passam a procurar um local para construir seus ninhos e formar suas colônias. O período de julho a outubro (fim do verão e início do outono no Hemisfério Norte) é considerado o melhor para capturá-las.

Identificar, localizar e destruir





Entidade americana pediu que apicultores e moradores comuniquem imediatamente qualquer encontro com ‘vespas assassinas’ para evitar a propagação delas
Na esperança de conseguir erradicar as vespas gigantes asiáticas antes que se espalhem pelo país, o WSDA está pedindo que apicultores e moradores comuniquem imediatamente qualquer encontro com esses insetos.
O objetivo é identificar as vespas e localizar e destruir os ninhos enquanto a população ainda é pequena, antes que elas se reproduzam de tal maneira que torne impossível a erradicação.
Vários apicultores, cientistas e voluntários participam do esforço, espalhando armadilhas caseiras pela região — já que as armadilhas vendidas em lojas comerciais não puderam ser usadas, porque têm um buraco pequeno demais para a vespa gigante.
O WSDA pede que os residentes enviem imagens, caso consigam tirar uma foto em segurança, para que seja possível confirmar se o inseto encontrado é mesmo a vespa asiática gigante. Os casos suspeitos podem ser comunicados pelo site do WSDA e também por um aplicativo lançado especialmente para isso.
Há planos de rastrear as vespas vivas de volta aos ninhos. Foram encomendados trajes especiais reforçados, vindos da China, para garantir a segurança na hora de destruir os ninhos.

Redes sociais

Presença das vespas gigantes asiáticas causou comoção nas redes sociais e chegou a ficar entre assuntos mais comentados do Twitter nos EUA
 
A notícia sobre a presença das vespas gigantes asiáticas nos Estados Unidos provocou comoção nas redes sociais.
No fim de semana, depois que o jornal The New York Times publicou uma matéria sobre os esforços para tentar erradicar as invasoras, o termo “vespas assassinas” estava entre os trending topics no Twitter.
Em meio à pandemia de covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, que até segunda-feira (04/05) já havia infectado mais de 1,2 milhão de pessoas e deixado mais de 70 mil mortos no país, muitos americanos reagiram com incredulidade diante de mais uma “praga” em 2020.
“Outro dia eu estava pensando: ‘Sabe do que 2020 precisa? Vespas assassinas.’. Elas finalmente estão aqui!”, tuitou um internauta, resumindo um sentimento expressado por milhares de outros americanos nas redes sociais.
Fonte: BBC
Fotos: Internet
 

 

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Os tesouros ocultos da Amazônia boliviana



 Pouco se explorou as culturas pré-hispânicas, mas uma tecnologia de medição a laser, que funciona como um grande escâner, ajuda a revelar uma magnitude completamente diferente dos povoados e seus impactos na floresta.

É difícil associar a Amazônia, a maior floresta tropical do planeta, com um sítio de interesse arqueológico. Mas a verdade é que sob esse manto verde se encontra um território antes largamente habitado, cujo passado está sendo explorado com a ajuda da tecnologia.
"Sempre se pensou que as grandes culturas se concentraram na região dos Andes, onde estavam os incas quando os espanhóis chegaram, e os monumentos de pedra são muito mais visíveis. No caso da Amazônia, estimava-se que havia pequenos povoados que viviam em harmonia com a natureza, num estado quase primitivo de caçadores e coletores, que nunca alcançaram um desenvolvimento maior", diy a arqueóloga e professora da Universidade de Bonn, Carla Jaimes Betancourt.
Um projeto arqueológico em cooperação boliviana e alemã iniciado em 1999 mostra uma realidade completamente diferente. A pesquisa realizada pelo Instituto Alemão de Arqueologia na Llanura beninana (Llanos de Mojos), planícies no norte da Bolívia, indica um assentamento entre 400 e 1400 d. C. que seria muito maior do que pensado anteriormente.
Embora a população pré-hispânica da região não possa ser quantificada, sabe-se que era muito mais densa do que atualmente e que as aldeias desenvolveram técnicas agrícolas para garantir uma subsistência autônoma.
"Antes se excluía a possibilidade de que na Amazônia houve cultivo. Mas com o abate de árvores e o avanço da agricultura no Brasil, muitos locais arqueológicos foram encontrados e foi notado que havia algo muito maior do que era esperado", afirma o especialista Heiko Prümers, do Instituto Alemão de Arqueologia.
Diversidade cultural
A região Llanos de Mojos compreende uma área de cerca de 110 mil quilômetros quadrados, no departamento (estado) de Beni, o maior da Bolívia. Atualmente, a região concentra grande diversidade cultural, com mais da metade dos 32 povos originários do país. Apesar de ser um ambiente difícil, com duas estações, uma chuvosa e outra seca, os povos pré-hispânicos conseguiram se adaptar ao meio ambiente com sucesso ao criar valas para evitar inundações e plataformas elevadas para o cultivo e a habitação.

"Tendo sobrevivido num ambiente desse tipo, para uma população muito densa, por uns mil anos, é uma grande conquista, levando em conta as inundações, os tempos de seca e a fraca qualidade do solo", afirma Prümers.
No sudeste dos Llanos de Mojos, arqueólogos alemães e bolivianos investigaram os montes monumentais. Trata-se de elevações de diferentes tamanhos, que hoje se parecem com colinas em meio à vegetação, mas na realidade são construções de forma piramidal em plataformas de terra, acumuladas durante mil anos. Elas cobrem até oito hectares, cercados por um aterro que os rodeia, e podem atingir até 25 metros de altura. Nestas elevações foram estabelecidas colheitas, casas e cemitérios, e estão interligadas por meio de estradas.
Nos túmulos é possível notar que se tratou de uma sociedade hierárquica. Em um deles, um homem foi enterrado com oferendas de materiais trazidos de outras regiões, uma placa de metal em sua testa, algemas de metal e um colar de dentes de onça. Há também descobertas de cerâmicas, pintadas com desenhos muito elaborados e estéticos.

Selva escaneada
No nordeste dos Llanos de Mojos, destacam-se as grandes valas circulares. Já em 2011, a equipe arqueológica boliviana-alemã havia realizado explorações nesta área com a tecnologia de varredura a laser LiDAR, a mesma que recentemente causou espanto pelos gráficos dos assentamentos maias na Guatemala e que permite fazer um mapa tridimensional da topografia do terreno e suas condições, enquanto elimina a vegetação de suas imagens.
"Fomos os primeiros a usar o LiDAR para a arqueologia em toda a Amazônia", destaca Prümers. "É um método que economiza muito tempo e trabalho para medir e mapear, saber onde estão os sítios, quais tamanhos possuem e a relação das construções no espaço."
A equipe de arqueólogos realizou varreduras a laser, que permite fazer um mapa tridimensional da topografia

Na Amazônia, esta ferramenta é especialmente valiosa, pois é uma área extensa, pouco explorada, com vegetação densa e acesso difícil. "Ecologicamente, o LiDAR é muito bom, porque não é preciso desmatar para fazer medidas arqueológicas", explica Jaimes.
O trabalho de interpretação e estudo dessas imagens é fundamental. "o LiDAR nos permitiu ver a magnitude do que enfrentamos, ao comprovar que os sítios circundados por valas não eram unidades separadas, mas parte de um sistema maior com sítios interrelacionados", afirma a arqueóloga.
No futuro, eles esperam levar essa tecnologia à área dos montículos, onde se estima que havia cerca de 350, mas apenas três foram medidos até então. Isso significa um ano de trabalho com um topógrafo e profissionais que abriram as lacunas de medição. Com o LiDAR, esses planos seriam feitos em um dia e com mais detalhes.
"Isso certamente permitiria ver como esses montículos grandes estavam interrelacionados e, talvez, vamos acabar deixando de pensar que eles são edificações separadas", diz Jaimes.
"As imagens em 3D das estruturas piramidais e de estradas, barragens e canais que cercam os sítios nos permitiram ver como aproveitaram a paisagem. Este intercâmbio com o meio ambiente explicaria como eles sobreviveram por mil anos nesta região", aponta Prümers.
Biodiversidade e a pegada do Homem
"Quase sempre se pensou na Amazônia como os pulmões do mundo, onde pessoas viveram em harmonia com a natureza sem afetá-la, mas os estudos de arqueólogos e ecologistas mostram que toda a riqueza e a biodiversidade desta região é um produto de atividade humana há milhares de anos", explica Jaimes.
"Essas culturas amazônicas nos ensinam que o Homem pode ser um bom ator, que pode até ajudar a manter ou promover essa biodiversidade. Esse é o maior legado e ensinamento que esses povos nos deixaram – pensar que é possível um desenvolvimento cultural sem a necessidade de destruir nosso meio ambiente", concluiu a especialista.
Novos estudos poderiam ajudar a esclarecer alguns mistérios, como a causa do fim do assentamento, em torno de 1400. "Esta é uma área muito sensível às mudanças climáticas, como inundações ou secas. Ainda não compreendemos muito bem o que ocorreu, mas quando os espanhóis chegaram, a área estava desocupada", afirma Prümers.
Posteriormente vieram as epidemias, o processo de conquista e, no período colonial, a exploração da borracha. "Muitos povos da Amazônia foram escravizados, um etnocídio foi cometido. Atualmente, apesar de haver culturas muito fortes, elas são apenas vestígios do que antes existiu", destaca Jaimes.

FONTE:
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sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Conferência pelo Meio Ambiente vai discutir sobre águas


A Secretaria de Estado de Educação convida as escolas da Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul para a V Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (CNIJMA), que este ano tem como tema Vamos Cuidar do Brasil Cuidando das Águas. A primeira etapa da conferência, nas escolas, deve ser realizada até 31 de março.
A Conferência é um processo que mobiliza escolas brasileiras, públicas e privadas, urbanas e rurais, assim como escolas de comunidades indígenas, quilombolas e de assentamento rural, que possuem pelo menos uma turma do ensino fundamental, anos finais, cadastradas no Censo Escolar de 2016, e é dividida em três etapas: conferência nas escolas; conferência estadual, em Campo Grande; e conferência nacional, realizada em Brasília.
As últimas conferências Infantojuvenil pelo meio ambiente foram pré-requisitos para que as escolas públicas pudessem aderir ao PDDE Escola Sustentável, programa que visa à destinação de recursos financeiros para promover ações voltadas à melhoria da qualidade de ensino e apoio na adoção de critérios de sustentabilidade socioambiental, considerando o currículo, a gestão e o espaço físico, de forma a tornarem-se espaços educadores sustentáveis.

A V Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente tem como objetivo fortalecer a educação ambiental nos sistemas de ensino, propiciando atitude responsável e comprometida da comunidade escolar com as questões socioambientais locais e globais com ênfase na participação social e nos processos de melhoria da relação ensino-aprendizagem, em uma visão de educação para a diversidade, inclusiva e integral.
A Conferência Nacional é o encontro nacional das delegações estaduais para realização oficinas, atividades culturais e diálogos sobre o tema “Água”, a partir dos projetos de ação selecionados nas etapas Estaduais e Distrital.
Serão aproximadamente 460 delegados e delegadas, entre 11 e 14 anos, de todo pais, que já debateram o tema em suas escolas, nas Conferências Municipais e ou Regionais e nas Conferências Estaduais. Na Conferência Nacional, esses jovens irão aprofundar a temática, socializar os projetos, participar de oficinas.

A V Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente acontecerá de 15 a 19 de junho de 2018.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

São Paulo e outras 10 cidades do mundo que podem ficar sem água como a Cidade do Cabo

 Apesar de cobrir 70% da superfície do planeta, a água doce, especialmente a potável, não é tão abundante assim: responde por só 3%. Mais de 1 bilhão de pessoas enfrentam problemas de acesso a ela, e, para 2,7 bilhões, ela falta ao menos um mês por ano.
Uma pesquisa com as 500 maiores cidades do mundo, publicada em 2014, estima que uma em cada quatro estão em uma situação de “estresse hídrico”, como define a Organização das Nações Unidas (ONU) quando o abastecimento anual cai abaixo de 1,7 mil m³ por pessoa.
De acordo com projeções chanceladas pela ONU, a demanda por água doce vai superar o abastecimento em 40% em 2030, graças a uma combinação entre as mudanças climáticas, a ação humana e o crescimento populacional.
Não é uma surpresa, portanto, que a situação na Cidade do Cabo seja apenas a ponta do iceberg. Em todos os continentes, grandes centros urbanos enfrentam essa escassez e correm contra o tempo em busca de uma solução. Conheça a seguir outras 11 cidades que podem ficar sem água.
São Paulo A capital paulista passou por uma situação dramática em 2014 e 2015, quando seu principal conjunto de reservatórios, o sistema Cantareira, atingiu seu menor nível da história. A Sabesp, companhia paulista de abastecimento, passou a puxar a água que ficava abaixo dos canos de captação, no chamado “volume morto”, e reduziu a pressão nas bombas – o que fez com que partes da cidade ficassem desabastecidas. Também houve campanhas para a redução do consumo.
Em dezembro de 2015, com a volta das chuvas, o Cantareira saiu finalmente do “volume morto”.
O governo paulista atribuiu a crise à forte seca que atingiu a região, mas uma missão da ONU criticou as autoridades estaduais por “falta de investimentos e planejamento adequados”.
Nos últimos anos, a situação das represas melhorou, mas especialistas afirmam que a possibilidade de uma nova crise segue presente.
Bangalore Autoridades da cidade indiana tiveram problemas para lidar com a expansão imobiliária após Bangalore tornar-se um centro de tecnologia e enfrentam dificuldades para cuidar dos sistemas hídrico e de saneamento.
O encanamento antigo precisa de uma reforma urgente: um relatório do governo federal revelou que a cidade desperdiça metade de sua água potável.
Como a China, a Índia tem sérios problemas de poluição em seus cursos d´água, e Bangalore não é diferente: um inventário dos lagos da cidade revelou que 85% tinham água que poderia ser usada apenas para irrigação e resfriamento industrial. Nenhum tinha água potável ou adequada para banho.
PequimO encanamento antigo precisa de uma reforma urgente: um relatório do governo federal revelou que a cidade desperdiça metade de sua água potável.
Como a China, a Índia tem sérios problemas de poluição em seus cursos d´água, e Bangalore não é diferente: um inventário dos lagos da cidade revelou que 85% tinham água que poderia ser usada apenas para irrigação e resfriamento industrial. Nenhum tinha água potável ou adequada para banho.
O Banco Mundial classifica como situação de escassez hídrica quando moradores de uma determinada localidade recebem menos de 1 mil m³ de água por pessoa. Em 2014, os mais de 20 milhões de habitantes de Pequim receberam apenas 145 m³.
A Organização Mundial da Saúde aponta que o Egito é o oitavo país do mundo em mortes ligadas à poluição hídrica entre os países com renda de nível médio-baixa (quando a renda nacional bruta per capita fica entre o equivalente a R$ 3.335 e R$ 13.113).
A ONU estima que o país sofrerá com crises hídricas graves em 2025.
Jacarta
Como muitas cidades costeiras, a capital da Indonésia enfrenta a ameaça da elevação do oceano – cerca de 40% da cidade agora está abaixo do nível do mar, segundo o Banco Mundial.
Mas, em Jacarta, o problema piorou com a ação humana: com mais da metade dos 10 milhões de habitantes sem acesso a água encanada, a perfuração ilegal de poços prolifera e esvazia as reservas subterrâneas.
A situação é agravada pelo fato de os aquíferos não serem reabastecidos pelas fortes chuvas, porque o concreto e o asfalto impedem que a água seja absorvida pelo solo.
Moscou
Um quarto das reservas de água doce do mundo estão na Rússia, mas o país enfrenta sérios problemas de poluição por conta do legado industrial da era soviética. Isso é especialmente preocupante para a capital, Moscou, onde 70% do abastecimento vem de reservas de superfície.
Órgãos regulatórios afirmam que entre 35% e 60% de todas as reservas de água potável do país não atendem os padrões sanitários mínimos.
Istambul
Dados do governo turco mostram que o país vive tecnicamente uma situação de estresse hídrico, porque o abastecimento per capital caiu abaixo de 1,7 mil m³ em 2016. Especialistas locais alertam que a situação pode piorar até 2030.
Nos últimos anos, áreas muito populosas como Istambul (14 milhões de habitantes) passaram a enfrentar períodos de falta d’água nos meses mais secos. Os níveis dos reservatórios caíram abaixo de 30% da capacidade no início de 2014.
Cidade do México Faltar água não é uma novidade para os 21 milhões de habitantes da capital do México. Para um a cada cinco, as torneiras só funcionam por algumas horas por semana, e, para 20%, só há abastecimento em parte do dia.
A cidade importa cerca de 40% da sua água de fontes distantes, mas não tem nenhuma operação de larga escala para reciclar água que já foi utilizada. Perdas por problemas na rede são estimadas em 40%.
Londres
De todas as cidades do mundo, a capital do Reino Unido, Londres, não é a primeira que viria à mente quando se fala de escassez hídrica. Com uma precipitação anual de 600 milímetros, menos do que a média de Paris e cerca de metade da média de Nova York, Londres atende 80% da demanda com seus rios.
Segundo a prefeitura local, a cidade está próxima do limite de sua capacidade e deve enfrentar problemas de abastecimento em 2025 e crises sérias em 2040.
Tóquio
A capital do Japão, Tóquio, tem níveis de precipitação semelhantes aos de Seattle, apelidada de Cidade Chuvosa pelos americanos. As chuvas estão, no entanto, concentradas em apenas quatro meses do ano. A água precisa ser coletada e armazenada, já que pode haver secas no restante do ano.
Autoridades locais fizeram justamente isso: ao menos 750 edifícios públicos e privados têm sistemas de coleta e reuso de água da chuva.
Com mais de 30 milhões de habitantes, Tóquio depende de reservas de superfície (rios, lagos e neve) para 70% de seu abastecimento. Investimentos recentes na rede têm como meta reduzir o desperdício para 3%.
Miami O Estado da Flórida, nos Estados Unidos, está entre os cinco mais chuvosos todos os anos. Mas está anunciando uma crise em sua cidade mais famosa, Miami.
Um resultado não previsto para o projeto de drenagem de seus pântanos é que a água do Oceano Atlântico contaminou o aquífero Biscayne, a principal fonte de água da cidade.
Ainda que o problema tenha sido detectado nos anos 1930, a água do mar ainda se infiltra, especialmente porque a cidade americana tem sido vítima de uma elevação do nível do mar cada vez mais acelerada, superando as barreiras subterrâneas instaladas nas últimas décadas.
Cidades vizinhas também enfrentam o mesmo problema – Hallande Beach, a alguns quilômetros ao norte, teve de fechar seis de seus oito poços por causa da invasão da água salgada.

Fonte: BBC
Foto: Internet

sexta-feira, 23 de junho de 2017

Noruega anuncia que deve cortar pela metade repasse ao Fundo Amazônia



O governo da Noruega anunciou nesta quinta-feira (22) que deve cortar pela metade o repasse ao Fundo Amazônia previsto para o ano que vem, de acordo com informações do Jornal Nacional. Serão R$ 200 milhões a menos para a proteção da floresta brasileira.
O país nórdico já investiu quase R$ 3 bilhões em projetos de preservação e proteção de povos indígenas e da Amazônia – o Brasil recebia o equivalente a R$ 400 milhões por ano. Mas, há cerca de três anos, os índices de desmatamento passaram a aumentar e os noruegueses começaram a questionar as políticas de conservação.
Vidar Helgesen, ministro de Clima e Meio Ambiente da Noruega, disse que o valor exato do corte só vai ser definido no final deste ano.
“De acordo com as regras que foram desenhadas pelas próprias autoridades brasileiras, se o desmatamento aumenta, haverá menos dinheiro saindo da Noruega”, disse. “Se o desmatamento diminuir, o dinheiro volta”, ele garantiu.
Depois de passar a tarde reunido com Helgensen, Sarney Filho, ministro do Meio Ambiente do Brasil, culpou o governo de Dilma Rousseff e disse que não pode garantir a preservação. “Só Deus pode garantir isso, mas eu posso garantir que todas as medidas foram tomadas”, disse Sarney.
Em nota, a assessoria do Ministério do Meio Ambiente confirmou que ocorreu uma reunião bilateral entre os ministros brasileiros e norueguês em Oslo, mas afirmou que não foi anunciado qualquer corte de recursos. Além disso, informou que o Ministério do Meio Ambiente do Brasil não recebeu, até momento, qualquer comunicado oficial sobre o assunto.
(Fonte: G1)
(Foto: Internet)

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Trump está decidido a retirar EUA do Acordo de Paris, diz imprensa americana.



O presidente americano Donald Trump está decidido a retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas, segundo a imprensa americana. A informação foi passada por duas fontes anônimas com conhecimento direto da decisão ao site de notícias Axios e foi confirmada por vários veículos, entre eles CNN, CBS, Fox e “The New York Times”.

A Casa Branca ainda não confirmou a decisão oficialmente. Depois de a notícia ganhar repercussão na manhã desta quarta-feira (31), Trump publicou, em sua conta no Twitter, que pretende anunciar sua decisão sobre o Acordo de Paris “nos próximos dias”.

Durante sua campanha eleitoral, Trump criticou duramente o Acordo de Paris e questionou a mudança climática, um fenômeno que chegou a qualificar de “invenção” dos chineses. Desde que foi eleito, decidiu iniciar um processo para revisar se os Estados Unidos continuariam fazendo parte do pacto.

O acordo busca uma mudança de modelo de desenvolvimento, livre de combustíveis fósseis, e foi assinado por seu predecessor Barack Obama. O pacto determina que seus 195 países signatários ajam para que temperatura média do planeta sofra uma elevação “muito abaixo de 2°C”, mas “reunindo esforços para limitar o aumento de temperatura a 1,5°C”.

Já Trump acredita que as leis ambientais afogam o crescimento econômico e são responsáveis pela perda de empregos no país. Segundo a Casa Branca, Trump queria escutar os parceiros do G7, o grupo das sete democracias mais industrializadas do mundo, antes de tomar uma decisão a respeito.

Apesar da pressão exercida pelo presidente francês, Emmanuel Macron, e da chanceler alemã, Angela Merkel, a declaração final da cúpula do G7 reconheceu que os Estados Unidos “não estão em posição de alcançar um consenso” sobre a luta contra a mudança climática.

Os membros do G7, com exceção dos EUA, reiteraram nessa declaração o compromisso de implementar “rapidamente” o Acordo de Paris.
(Fonte: G1)
(Foto: Internet)

quarta-feira, 31 de maio de 2017

Remédio é aprovado para câncer, não importa onde ele se localiza



Os médicos sempre falam de um futuro onde o câncer será tratado de acordo com características moleculares, e não por causa do local em que surgiu. Eis que, na semana passada, uma notícia tornou esse futuro uma realidade, o que abre as portas para uma Oncologia ainda mais personalizada e efetiva.
A FDA (Food and Drug Administration), agência reguladora americana, aprovou pela primeira vez na história um medicamento com base em alterações biológicas do tumor. Isso significa que, desde que a doença apresente essa particularidade — já falaremos dela —, pode receber a droga, independentemente se está na mama, no intestino, no pâncreas, na pele.
“Todas as indicações anteriores se baseavam no órgão afetado. A revolução está no fato de que um aspecto molecular do câncer, descoberto com exames relativamente simples, foi priorizado”, contextualiza o médico Jacques Tabacof, coordenador geral da Oncologia Clínica e da Hematologia do Centro de Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo.
Na prática, a medicação — chamada de pembrolizumabe, da farmacêutica MSD — poderá ser empregada em quaisquer tipos de tumor avançado que não respondam aos tratamentos convencionais. Isso, claro, desde que a doença possua a tal alteração, presente em 5% de todos pacientes. Ainda é pouca gente, mas a perspectiva de termos mais armas que atuam em várias frentes é certamente positiva aos pacientes, principalmente entre os que, hoje, têm um arsenal exíguo à disposição.
Outra coisa: o Brasil ainda não aprovou o pembrolizumabe para esse fim. Por aqui, ele só é empregado contra o melanoma, uma versão especialmente agressiva de câncer de pele. Nos Estados Unidos, mesmo antes dessa novidade, o princípio ativo já vinha sendo usado contra linfoma de Hodgkin e nódulos no pulmão.
Por dentro do câncer… e da aprovação – A tal característica molecular que define o uso ou não do remédio se chama instabilidade de microssatélite. Não fique com medo do nome complicado: “Trata-se de uma alteração na célula que dificulta reparos no nosso DNA”, explica Tabacof, que também atua no Centro Paulista de Oncologia (CPO). Com isso, uma mutação perigosa que normalmente seria consertada segue incólume e pode originar um câncer.
Acontece que essa particularidade torna a moléstia, digamos, mais vulnerável à ação do pembrolizumabe, um medicamento pertencente ao grupo da imunoterapia. O remédio, na verdade, estimula as células de defesa do próprio organismo a identificarem o câncer e o atacarem.
“Embora tenha chamado a atenção ultimamente, a droga não é a única a seguir esse princípio. É possível que, no futuro próximo, outras farmacêuticas busquem aprovações similares com seus imunoterápicos”, raciocina Tabacof. Seguindo essa lógica, talvez nos próximos anos mais fármacos sejam liberados para atuar em diversos tipos de câncer. Entendeu quão relevante é a decisão da FDA?!
Segundo estudos que garantiram a aprovação, quase 40% dos voluntários envolvidos observaram uma melhora objetiva ao tomar pembrolizumabe — isso mesmo após outros tratamentos terem fracassado. Do pessoal que apresentou uma evolução no quadro, 78% mantiveram os benefícios por seis meses ou mais.
Ainda assim, é importante dizer que a liberação da agência americana foi tomada com base em pesquisas preliminares. Em outras palavras, os resultados foram considerados promissores ao ponto de sustentarem a comercialização do pembrolizumabe para esse fim — mesmo sem levantamentos maiores e mais abrangentes. Novos trabalhos irão delinear com maior clareza o potencial real do princípio ativo da MSD.
De qualquer maneira, a aprovação de uma medicação que prioriza mutações no câncer em vez do órgão afetado já balançou os alicerces da Oncologia. Resta quantificar qual a real magnitude dessa quebra de paradigma para os pacientes. 

(Fonte: Revista Saúde)
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