quinta-feira, 7 de abril de 2011

Cerrado perde em um ano área maior que cidade de SP e DF juntos


Abrangendo a maior parte de Região Centro-Oeste e parte do Nordeste no Brasil, o Cerrado perdeu 7.637 km² de sua vegetação original entre 2008 e 2009, dados mais recentes disponíveis, detectados pelo Centro de Sensoriamento Remoto do Ibama. As informações foram anunciadas nesta quarta-feira (6) pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, em Brasília (DF), que também comentou os novos dados de desmatamento na Amazônia, de janeiro e fevereiro, levantados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O desmatamento no Cerrado equivale a uma área maior que a soma do tamanho do Distrito Federal, que tem 5.802 km², com o município de São Paulo, que tem 1.523 km². A área total do Cerrado é de 2.039.386 km².
Se consideradas as taxas médias anuais de desmatamento no Cerrado em anos anteriores, a devastação do bioma entre 2008 e 2009 caiu pela metade. Os dados mais antigos disponíveis, de 1994 a 2002, mostram derrubada média de 15.700 km² no bioma. Entre 2002 e 2008, a taxa média foi reduzida para 14.179 km², caindo para 7.637 km² entre 2008 e 2009.
O estado que mais desmatou o bioma no período foi o Maranhão, com 2.338 km² de área derrubada, seguido do Tocantins (1.311 km²), Bahia (1.000 km²), Mato Grosso (833 km²), Piauí (701 km²), Goiás (664 km²), Minas Gerais (534 km²), Mato Grosso do Sul (241 km²), São Paulo (7,5 km²) e, por último, Paraná, Distrito Federal e Rondônia, cada um com cerca de 1 km².
Os três municípios que mais desmataram foram Formosa do Rio Preto (BA), com 197,17 km²), Baixa Grande do Ribeiro(PI – 168 km²) e Jaborandi (BA – 131 km²).
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, também destacou o norte de Minas Gerais. “É uma das áreas mais sensíveis”, disse ela. “Pedi que tudo que fundamenta estudos de conservação seja publicado”.
Durante o evento em Brasília, também foram lançadas publicações que atualizam o mapeamento do uso do solo e da cobertura vegetal do bioma, além de estudos sobre a criação de reservas extrativistas na Barra do Pacuí e Buritizeiro, em Minas, e de planos de ação sobre prevenção e controle de queimadas e efeitos do fogo sobre comunidades no Cerrado. (Fonte: G1)

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