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sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Aumenta o cerco aos caminhões poluidores

(Foto: Internet)
A Polícia Rodoviária Federal e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) intensificarão as operações nas estradas para coibir o boicote dos caminhoneiros ao Arla 32, aditivo que minimiza os óxidos de nitrogênio (NOx) emitidos pelos motores a diesel. O uso é obrigatório devido aos altos níveis de poluição atmosférica provocados pelo gás, que causa graves danos à saúde humana e ao meio ambiente nas grandes cidades. A ação já ocorreu em dois Estados nos meses de maio e junho, com resultados bastante significativos.
O trabalho em campo mostra que os motoristas de caminhão têm consciência, mas insistem na prática desse tipo de crime ambiental. Para reduzir seus custos, se arriscam até mesmo a ter o caminhão apreendido e pagar multas pesadas, superiores a R$ 50 mil.
Economia irrisória – O Ibama já aplicou mais de R$ 300 mil em multas e apreendeu 23 veículos. Alguns ainda estão nos pátios dos órgãos fiscalizadores aguardando a quitação das infrações. Não utilizar o Arla 32, além de ser uma economia irrisória no custo total do transporte, leva a prejuízos futuros previsíveis aos proprietários de caminhões, além da perda da garantia do veículo por parte das concessionárias e montadoras.
Nessa terça-feira (4), em Brasília, técnicos de órgãos envolvidos na regulamentação das emissões atmosféricas e na coordenação do Programa de Controle da Poluição Veicular por Veículos Automotores (Proconve) (Ministério do Meio Ambiente, Ministério da Saúde, Ibama, Polícia Rodoviária Federal, Cetesb-SP, INEA-RJ, INMETRO, ANP, entre outros) definiram a estratégia de controle das emissões de NOx, que incluem ainda três outras medidas. A ideia é fechar o cerco para evitar as fraudes responsáveis pela poluição.
De acordo com a diretora de Qualidade Ambiental do MMA, Letícia Carvalho foi decidido o que será feito de agora em diante. “Além de intensificar a fiscalização nas estradas, o que já vem dando bons resultados, devemos levar os Estados a implantar, o mais rápido possível, os programas de inspeção veicular”, disse.
Criados pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) como uma obrigação dos Estados no âmbito do Proconve, o programa só está em operação no Rio de Janeiro. Os órgãos estaduais de fiscalização analisam as emissões dos motores, medindo o nível de concentração dos poluentes, inclusive dos NOx, e podem indicar se há ou não a correta manutenção do veículo.
Nova tecnologia – Outra medida estudada é o aperfeiçoamento da tecnologia atual dos computadores de bordo que registram o que ocorre com os motores em sua vida útil. Os técnicos da indústria automobilística já estão estudando o assunto. Isso pode permitir que os órgãos fiscalizadores detectem as fraudes pelo dispositivo. Produtos semelhantes ao Arla 32 são utilizados mundialmente para o controle dos NOx.
Segundo o gerente de Qualidade do Ar da Secretária de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Rudolf Noronha, é preciso que cada um faça a sua parte para eliminar o problema dos NOx.
Estima-se que seja um dos principais problemas de saúde pública nas grandes cidades brasileiras. É um gás poluente com ação altamente oxidante, sua presença na atmosfera causa a formação do ozônio troposférico, que pode levar ao aumento de internações hospitalares, decorrente de problemas respiratórios, problemas pulmonares e alergias. No ambiente, pode levar a formação de chuvas ácidas. Além disso, tem um importante efeito nas mudanças do clima, agravando o efeito estufa. O Conama, por meio do Proconve, vem impondo à indústria automobilística limites de emissão de poluentes cada vez mais rigorosos, desde 1986. A utilização do Arla 32 pelos caminhões e ônibus é necessária desde 2012, quando se iniciou a Fase P7 do programa, com limites para os NOx extremamente rígidos para os veículos que utilizam óleo diesel. 
(Fonte: MMA)
(Foto: Internet)

terça-feira, 12 de abril de 2011

Soluções Ecológicas - Bikeboys se espalham pela cidade (e rápido)


Sonic chega acelerado à Rua Bela Cintra, na região da Avenida Paulista, para pegar o serviço. 'Você retira na (Rua) Humberto I, na Vila Mariana, e entrega na (Rua) Frei Caneca', diz o chefe Rafael Mambretti. O apelido de personagem de videogame não veio de sua velocidade, mas do cabelo espetado. Tampouco ganha a vida como motoboy, mas como bikeboy - com o adicional de não poluir o ar, não acrescentar ruído à já ruidosa São Paulo e fazer a entrega, em muitos casos, em menos tempo que a moto.
É por isso que Helder Ribeiro, o Sonic, de 30 anos, está para estacionar sua bike no centro financeiro do País e tornar sua classe mais presente no cenário paulistano - segundo o Sindimotosp, hoje há 2 mil cicloboys na cidade ante 200 mil motoboys. No fim do mês, Sonic vai ser o primeiro bikeboy a trabalhar no setor de malote da BM&F Bovespa, que preferiu uma bike a ampliar seu quadro de três motoboys.
'Temos a meta de neutralizar nossas emissões de gases do efeito estufa até 2012, ter um bikeboy integra essa estratégia', explica a gerente de sustentabilidade da bolsa, Sonia Favaretto. 'E poderemos ter mais.'
A BM&F será uma das cinco contas fixas conquistadas pela Carbono Zero Courier em seus pouco menos de cinco meses de atividade. 'Nascemos com três bikers courier (nome preferido pelo ramo), agora já temos nove', diz Mambretti, o chefe de Sonic. 'Comparada a uma moto, que polui mais que carro, a bike evita a emissão de 72,9 gramas de CO2, segundo dados do departamento britânico de tráfego.'
Verde e eficiente. Foi também a preocupação ambiental que fez a empresa de soluções em tecnologia 24\7id substituir um dos seus quatro motoboys por um cicloboy. 'Quando soube do serviço, fui logo atrás', diz o presidente, Ioshito Yagura, que é ciclista.
O que ajudou Yagura a convencer toda sua equipe que a iniciativa não era apenas 'verde', mas eficiente, foi o tempo do profissional no trajeto da Avenida República do Líbano até a Chucri Zaidan, ambas na zona sul. 'Ele levou 31 minutos, enquanto o comum é o motoboy fazer em 1 hora', conta a diretora administrativa Vitória Hoffmann.
O titular dos pedais, Fabrício dos Santos Lima, de 28 anos, explica: 'A bike permite mais mobilidade, dá para ir pelo meio-fio, se há muito trânsito, dá para descer e caminhar com ela pela calçada, fora que é mais fácil estacionar.' Quanto à convivência com seu par motorizado, garante que é tranquila. 'Eles até dão passagem para a gente. Só taxista que acha que a gente está fazendo exercício', conta.
Corpo atlético. Exercício, aliás, é algo para o qual o bikeboy que se preze tem de estar preparado. Preparo físico, comer carboidrato e beber muita água são pré-requisitos. 'Mas tem hora que dá vontade de comer aquela feijoada. Motoboy pode, a gente acaba no açaí', brinca Lima
Mas se os motorizados podem bater uma feijoada na hora do almoço, sofrem com outras restrições. A de vagas é a campeã, especialmente no centro. 'Hoje, o tempo de espera ali está em torno de 45 minutos', diz o presidente do Sindimotosp, Gilberto Almeida dos Santos.
Ontem, ao lado do Pátio do Colégio, o motoboy Herbiton Santiago Mota, de 27 anos, já nem reclamava do bolsão para motos no Viaduto Boa Vista - que tinha 73 veículos enfileirados e nove em fila dupla. 'Estou aqui há 15 minutos, já dei uma volta', contou. Perguntado sobre andar de bike, disse: 'É uma boa. O combustível está caro.'
Francisca Cinopoli, gerente da empresa de frete Class Boy Express, confirma a competitividade da magrela por ali. 'É mais rápida.'
LÁ TEM...
Estados Unidos
Os bicycle messengers ou bike couriers são comuns nos grandes centros americanos. A atividade é bastante antiga no país. Surgiu pouco depois da criação do velocípede, em 1860. Conta com associações como a New York Bike Messenger Association, que organiza até eventos.
Europa
Foi a partir da década de 1980 que a atividade ganhou mais expressão em cidades europeias, especialmente após campanhas de troca de combustíveis por pedaladas. Em Londres, os bikeboys são muito comuns. 

sábado, 31 de julho de 2010

Genes transformam bactérias em fábricas de “biopetróleo”


Cientistas de uma empresa dos EUA identificaram em bactérias genes responsáveis pela produção de moléculas com potencial combustível, uma espécie de biopetróleo.

A descoberta, realizada em bactérias fotossintetizantes – que utilizam gás carbônico e luz solar para a síntese do biopetróleo-, abre caminho para a produção de gasolina e óleo diesel renováveis.

A vantagem dessa abordagem é a possibilidade de aproveitar a infraestrutura global já montada (refinarias, postos, motores) para a produção de um combustível renovável que, de quebra, ocupa menos espaço para ser gerado que plantações de cana-de-açúcar para etanol.

Os cientistas da empresa LS9 Inc., de San Francisco, na Califórnia, escolheram 11 cepas de cianobactérias (algas azuis) cujo DNA completo havia sido decifrado.

Desse grupo, dez cepas produziam naturalmente alcanos, moléculas formadas por carbono e hidrogênio usadas como combustível devido a seu grande potencial energético.

As bactérias produziam principalmente pentadecanos (alcanos com 15 átomos de carbono) e heptadecanos (com 17 carbonos). Uma das cepas, porém, não produzia a substância.

Caça-genes – Para identificar os genes envolvidos na produção dos alcanos, os pesquisadores usaram uma estratégia de subtração. Primeiro, os genomas das dez cepas produtoras de alcanos foram alinhados no computador, como quem alinha fileiras de texto uma embaixo da outra.

Em seguida, genes da bactéria não produtora semelhantes aos das produtoras foram subtraídos. Dos 17 genes que restaram nas bactérias produtoras, dez tinham funções já conhecidas. Os sete restantes, portanto, eram os prováveis responsáveis pela produção de alcanos.

Em uma das bactérias, por exemplo, os pesquisadores identificaram dois genes que contêm a receita para substâncias fundamentais na transformação de um derivado da fotossíntese (um tipo de gordura) em alcano.

Mais tarde, seria possível inserir esses genes em outro micróbio, o qual funcionaria como biofábrica, produzindo alcanos em grande quantidade.

Segundo Andreas Schirmer, líder da pesquisa publicada hoje na revista “Science”, a LS9 espera produzir até 2013 barris de alcano por cerca de US$ 50 (R$ 88). A empresa patenteou os genes.

Para Gonçalo Pereira, do Departamento de Genética da Unicamp, o estudo mostra a importância de organizar as coleções de micro-organismos no Brasil. “Se não aproveitarmos nossa biodiversidade, vamos ficar sentados em cima de ouro.”

(Fonte: Luciano Grüdtner Buratto/ Folha.com)