Mostrando postagens com marcador gás Carbônio. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador gás Carbônio. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Produção de 1 kg carne no Brasil produz tanto CO2 como 1,6 mil km de carro


A produção de um quilo de carne bovina no Brasil pressupõe o gasto de 335 quilos de dióxido de carbono (CO2), exatamente a mesma quantidade consumida em uma viagem de 1,6 mil quilômetros em um automóvel europeu médio.
Especialistas da Áustria e Holanda chegaram a essa conclusão em um recente estudo, cujos resultados foram divulgados nesta quinta-feira pela agência “APA”.
No caso da carne de vaca produzida nos Países Baixos, um quilo equivale a 111 quilômetros de automóvel, pois nas duas situações o CO2 emitido é de 22 quilogramas.
Kurt Schmidinger, da Universidade de Viena, e Elke Stehfest, da agência “PBL Netherlands Environmental Assessment Agency”, desenvolveram um sistema especial para fazer estabelecer o custo climático dos alimentos.
A maior inovação nestes cálculos é que, além das emissões na produção dos alimentos, o estudo também contabiliza a superfície do pasto para os animais, um fator ignorado até agora, apesar de ser considerado central para a mudança climática.
A razão é que os gramados de grandes superfícies impedem o desenvolvimento de florestas e plantas naturais, que por sua vez atuam absorvendo CO2 da atmosfera, o que combate o efeito estufa.
Segundo os especialistas, a produção de alimentos vegetais é a menos nociva para o meio ambiente.
 (Fonte: Portal Terra)
(Foto: Internet)

sábado, 31 de julho de 2010

Genes transformam bactérias em fábricas de “biopetróleo”


Cientistas de uma empresa dos EUA identificaram em bactérias genes responsáveis pela produção de moléculas com potencial combustível, uma espécie de biopetróleo.

A descoberta, realizada em bactérias fotossintetizantes – que utilizam gás carbônico e luz solar para a síntese do biopetróleo-, abre caminho para a produção de gasolina e óleo diesel renováveis.

A vantagem dessa abordagem é a possibilidade de aproveitar a infraestrutura global já montada (refinarias, postos, motores) para a produção de um combustível renovável que, de quebra, ocupa menos espaço para ser gerado que plantações de cana-de-açúcar para etanol.

Os cientistas da empresa LS9 Inc., de San Francisco, na Califórnia, escolheram 11 cepas de cianobactérias (algas azuis) cujo DNA completo havia sido decifrado.

Desse grupo, dez cepas produziam naturalmente alcanos, moléculas formadas por carbono e hidrogênio usadas como combustível devido a seu grande potencial energético.

As bactérias produziam principalmente pentadecanos (alcanos com 15 átomos de carbono) e heptadecanos (com 17 carbonos). Uma das cepas, porém, não produzia a substância.

Caça-genes – Para identificar os genes envolvidos na produção dos alcanos, os pesquisadores usaram uma estratégia de subtração. Primeiro, os genomas das dez cepas produtoras de alcanos foram alinhados no computador, como quem alinha fileiras de texto uma embaixo da outra.

Em seguida, genes da bactéria não produtora semelhantes aos das produtoras foram subtraídos. Dos 17 genes que restaram nas bactérias produtoras, dez tinham funções já conhecidas. Os sete restantes, portanto, eram os prováveis responsáveis pela produção de alcanos.

Em uma das bactérias, por exemplo, os pesquisadores identificaram dois genes que contêm a receita para substâncias fundamentais na transformação de um derivado da fotossíntese (um tipo de gordura) em alcano.

Mais tarde, seria possível inserir esses genes em outro micróbio, o qual funcionaria como biofábrica, produzindo alcanos em grande quantidade.

Segundo Andreas Schirmer, líder da pesquisa publicada hoje na revista “Science”, a LS9 espera produzir até 2013 barris de alcano por cerca de US$ 50 (R$ 88). A empresa patenteou os genes.

Para Gonçalo Pereira, do Departamento de Genética da Unicamp, o estudo mostra a importância de organizar as coleções de micro-organismos no Brasil. “Se não aproveitarmos nossa biodiversidade, vamos ficar sentados em cima de ouro.”

(Fonte: Luciano Grüdtner Buratto/ Folha.com)