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segunda-feira, 11 de maio de 2015

Recuperação de pastos pode melhorar Cantareira, diz pesquisa

 Pesquisa da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) mostra que a existência de água no Sistema Cantareira depende diretamente da recuperação de áreas de pastagens no local.
Segundo o autor da pesquisa, Oscar Sarcinelli, paisagens cobertas por vegetação têm maior capacidade de proteger o solo contra o impacto da chuva.
“O objetivo da pesquisa foi analisar medidas direcionadas à conservação da água na região do Sistema Cantareira”, explicou Sarcinelli. “Há várias propostas: recuperar as matas ciliares, construir novos reservatórios, fazer transposição dos reservatórios do rio Paraíba do Sul para o Cantareira”, disse ao se referir às propostas que exigem muito dinheiro e tempo. Os pastos são uma realidade da região e, por isso, sua melhoria foi uma das alternativas estudadas por ele.
Terreno sem vegetação propicia erosão e deslizamento de sedimentos. Todos os anos, mais de 260 mil toneladas de sedimentos vão para o fundo dos reservatórios, rios e córregos que formam o Cantareira. A sedimentação implica a piora da qualidade de água, diminuição do tempo de vida útil dos reservatórios e ampliação dos custos de tratamento da água.
Segundo Sarcinelli, caso haja a recuperação de 88 mil hectares de pastos, que ocupam 38% da área total do sistema, a taxa de sedimentação cairia 30%. Se, além da pastagem, as matas ciliares, aquelas localizadas às margens dos rios, também fossem recompostas, a taxa cairia 44%.
A pesquisa ressalta que a existência de vegetação traz um grande benefício: boa parte da água da chuva se infiltra no solo, o que alimenta os lençóis freáticos. Mais tarde, quando não houver chuva, a água subterrânea continuará fluindo para as represas.
Sarcinelli concluiu que o simples manejo dos pastos tem papel importante, e de menor custo, para a conservação dos reservatórios do Sistema Cantareira. O emprego de uma pecuária mais intensiva, com menos área para criação do rebanho, e pastagens mais densas, não só contribuiriam para a sustentabilidade dos reservatórios, como aumentariam a produtividade do setor.
(Fonte: Agência Brasil)
(Foto: Internet)

sexta-feira, 20 de março de 2015

Professor critica “injustiça hídrica” e uso excessivo da água pela agricultura

A agricultora Márcia da Silva Lopes, 46 anos, moradora da comunidade de Bom Jardim, em Quixadá, perdeu quase tudo o que tinha plantado em janeiro esperando que chovesse no início de fevereiro, primeiro mês da quadra chuvosa no Ceará. As chuvas só chegaram no fim do mês, fazendo com que ela tivesse que voltar a plantar as sementes de milho, feijão e gergelim. Se não chove, Márcia depende da água de enxurrada acumulada na cisterna para irrigar a plantação.
Os setores da agricultura mecanizada não costumam se preocupar com a chuva, já que a irrigação é feita por tecnologias que aspergem água independentemente do período do ano. O diretor de Operações da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Ceará (Cogerh), Ricardo Adeodato, estima que 70% da água dos reservatórios do estado são usados pela agricultura – mesmo percentual calculado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em relação ao uso da água de todo o planeta por essa atividade. Para Adeodato, a geração de empregos por essa atividade justifica a destinação de um alto percentual de água para a agricultura. O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec), Flávio Saboya, diz que a produção de alimentos é o motivo e a justificativa para o uso da água em larga escala.
Para o professor da Universidade Estadual do Ceará (Uece) Alexandre Costa, entretanto, a desigual distribuição da água – feita também a favor da indústria – é uma “injustiça hídrica”, principalmente em um estado de clima semiárido.
“É um absurdo você usar água do semiárido, na quantidade que é usada no Ceará, para a fruticultura irrigada. O primeiro discurso é sobre a produção de alimentos, mas quem produz os alimentos que nós consumimos são os pequenos agricultores, que não têm acesso à irrigação”, critica Costa que é PhD em ciências atmosféricas.
Segundo dados da Cogerh, estão em vigor atualmente cerca de 3,5 mil outorgas (autorizações) de uso da água dos reservatórios públicos, mas o diretor de Operações da companhia garante que o fornecimento de água para os setores produtivos sofreu redução devido à seca. O presidente da Faec estima que, com essa redução, o uso da água na agropecuária esteja em 40%, mas ressalta que, mesmo sem os cortes, o setor não consome mais do que 50%. “Setenta por cento é uma estimativa mundial. Não significa que, no Ceará, consuma-se essa quantidade de água”, afirma. Segundo estudos do professor Alexandre Costa, esse consumo chega a 60%.
Para o especialista da Uece, regular o uso da água, priorizando a distribuição para o consumo humano, deve estar no centro de qualquer plano estratégico. No dia 25 de fevereiro, o governo do estado apresentou o Plano Estadual de Convivência com a Seca que elenca uma série de ações emergenciais (a exemplo da perfuração de poços e da instalação de adutoras de montagem rápida) e estruturantes, como o Eixão das Águas e o Cinturão das Águas.
O Eixão das Águas transpõe as águas do Açude Castanhão, um dos maiores do estado, para Fortaleza e região metropolitana e para o Complexo Portuário e Industrial do Pecém. O Cinturão das Águas, ainda com trechos em construção, deverá receber as águas da transposição do Rio São Francisco e distribuí-las nas bacias hidrográficas do estado.
Embora reconheça a importância da interligação das bacias, o professor destaca a necessidade de que essas águas sirvam prioritariamente à população – o que não está expresso no plano. “Continua-se falando em garantir água para a indústria e para o agronegócio. Esse é o nó: precisamos, sim, de obras de adutora e de interligação de bacias, mas desde que elas sejam planejadas e voltadas realmente para atender à demanda da população. Mas não é só obra que resolve. É política hídrica, com a substituição das atividades produtivas que são grandes consumidoras de água por atividades sustentáveis.”
(Fonte: Agência Brasil)
(Foto: Internet)

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

3º Conferência Estadual do Meio Ambiente acontece entre os dias 1 e 3 de março

Semarh realiza Conferência Estadual de Meio Ambiente nesta quinta-feira
http://www.semarh.goias.gov.br/site/principal/index.php?page=noticias&vali=f9545e884676a640ef6a9446c12c81ef&id=1216



A Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos realiza a partir desta quinta-feira, entre os dias 1º, 2 e 3 de março, a 3ª Conferência Estadual de Meio Ambiente. No primeiro dia de evento, o cadastramento será às 17 horas e a abertura às 20 horas, no Salão Lago Azul, no Centro de Convenções. Nos dias 2 e 3, as discussões acontecem das 8h às 18h, no Hotel Serras de Goyaz, no Centro, em Goiânia. Este é o maior debate sobre Meio Ambiente realizado no Estado de Goiás.

Desde outubro do ano passado, a Secretaria realizou onze etapas regionais em diferentes locais do Estado como forma de preparação para esta Conferência Estadual de Meio Ambiente. Os participantes discutiram diversos assuntos como, por exemplo, sobre as bacias hidrográficas e a gestão de recursos hídricos e também debarem sobre a temática Cerrado Rio + 20: Economia Verde no Contexto do Desenvolvimento Sustentável e da Erradiação da Pobreza.

Mais informações: (62) 3201-5196
http://www.semarh.goias.gov.br/site/principal/index.php?page=noticias&vali=f9545e884676a640ef6a9446c12c81ef&id=1216